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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Os 7 desafios do novo Presidente americano

HELENA TECEDEIRO

Ainda antes de tomar posse, a 20 de Janeiro, o sucessor de George W. Bush na Casa Branca terá de começar a preparar resposta para problemas tão graves como as guerras no Afeganistão e no Iraque ou a crise financeira internacional.

Guerra ao terrorismo

Mais de sete anos depois do 11 de Setembro e de o Presidente George W. Bush ter dito que queria Ben Laden "vivo ou morto", o líder da Al-Qaeda continua a monte. Pior ainda, no Afeganistão, a guerra travada com o apoio da comunidade internacional e que pôs fim ao regime talibã está cada vez mais longe da vitória. Os fundamentalistas islâmicos voltaram a dominar grande parte do país e a sua influência estende-se até ao vizinho Paquistão, onde ameaça o novo regime civil. As forças no terreno, dos EUA e da NATO, são manifestamente escassas. Mas onde ir buscar reforços? O Iraque parece ser a resposta. Depois de cinco anos, esta outra guerra, travada sem apoio da comunidade internacional, parece finalmente correr menos mal. Com o aumento das tropas diminuiu a violência que já matou centenas de milhares de iraquianos e 4100 militares americanos. Ao sucessor de Bush caberá por um lado garantir o sucesso do regime democrático implantado no Afeganistão, por outro assegurar que sunitas, xiitas e curdos se mantêm unidos no Iraque e que as próximas eleições são mais participadas.

Multilateralismo

A 12 de Setembro de 2001, o Le Monde fazia a manchete "Somos todos americanos". Uma unanimidade que os atentados de 11 de Setembro criaram mas a que fotografias de militares a humilhar prisioneiros em Abu Ghraib e relatos de tortura em Guantánamo puseram fim. Depois do unilateralismo de Bush, o seu sucessor tem como tarefa recuperar a imagem e credibilidade dos EUA. Para isso terá de liderar a reforma do Conselho de Segurança da ONU. Só com a ajuda dos seus aliados, sobretudo europeus, os EUA conseguirão manter a posição de superpotência mundial perante novos rivais, como a China ou a Índia, e velhos inimigos, como a Rússia. A recente guerra na Geórgia mostrou que os desejos expansionistas de Moscovo estão longe de ter desaparecido com o fim da Guerra Fria .

Segurança social e saúde

Os EUA são o único país rico e desenvolvido que não tem saúde gratuita e universal para todos os seus cidadãos. De facto, 47 milhões de americanos não têm seguro de saúde, o que representa 16% do total da população. Nos últimos anos, o debate sobre a reforma de segurança social marcou todas as administrações que passaram pela Casa Branca, tendo ficado para a história o fracasso da proposta de Hillary Clinton em 1993. A então primeira dama pretendia que todos os americanos e imigrantes nos Estados Unidos estivessem cobertos por um seguro de saúde, sendo proibidos de desistir de um sem antes terem contratado um outro. Abaixo de um determinado rendimento, este seguro era gratuito. Apesar de os democratas terem a maioria no Congresso na altura, este chumbou a proposta de Hillary. A questão tem-se então vindo a arrastar deste então, tendo sido relegada para segundo plano durante os dois mandatos de Bush. E caberá agora ao seu sucessor encontrar uma solução que proporcione cuidados de saúde para todos e que consiga a aprovação do Congresso.

Energia e ambiente

Os Estados Unidos consomem mais de 20 milhões de barris de petróleo por dia. Doze milhões dos quais são importados. Isto significa que num ano Washington gasta 475 mil milhões de dólares do seu orçamento só em combustível, muito do qual comprado a países que a Administração americana classifica como suspeitos. Supondo que os preços do petróleo continuem altos, o próximo presidente terá de investir num solução que pode passar pelo desenvolvimento das energias alternativas. E não é possível falar em energia sem falar em ambiente. Maior poluidor mundial - cada americano produz por ano 19,4 toneladas de dióxido de carbono (um chinês produz 5,1 toneladas) - os EUA recusaram ratificar o Protocolo de Quioto, que expira em 2012. E parece agora pouco provável que o sucessor deste no objectivo de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa possa ser assinado em Copenhaga no final de 2009 uma vez que tanto a China como os EUA se recusam a participar nas discussões.

Economia

Quando George W. Bush tomou posse, em Janeiro de 2001, a economia americana estava a crescer 3% ao ano e a dívida nacional era de seis biliões de dólares. Hoje, esta ascende a dez biliões e a economia está ameaçada de recessão pela grave crise que está a afectar o sistema financeiro mundial e já obrigou a Administração Bush a criar um plano para de 700 mil milhões de dólares para salvar os bancos da falência. Caberá ao novo Presidente recuperar a confiança nas instituições financeiras americanas e reformar um sistema internacional (Banco Mundial e FMI) cujo falhanço mergulhou o país e o mundo nesta crise. Outro desafio será o de diminuir a taxa de desemprego. Os números divulgados em Setembro situam-se nos 6,1%, o valor mais alto dos últimos cinco anos. Reduzir ou não os impostos será uma opção que irá depender de quem chegar à Casa Branca.

Supremo Tribunal.

Foi talvez um dos assuntos menos debatidos durante a campanha, mas reformular o Supremo Tribunal dos EUA pode ser uma das tarefas do próximo Presidente que mais influência pode ter sobre a vida dos americanos. Nomeados de forma vitalícia, os juízes da mais alta instância judicial dos EUA têm uma tradição de resignar quando a idade começa a pesar. E com John Paul Stevens quase a chegar aos 90 anos e quatro outros juízes com 70 ou mais é muito provável que o sucessor de Bush tenha de fazer algumas nomeações. Nos seus dois mandatos, Bush escolheu os conservadores John Roberts e Samuel Alito, cuja juventude (um tem 53 anos, o outro 58) garante, teoricamente, algum conservadorismo nas próximas décadas. Resta saber se as escolhas do próximo Presidente reforçam essa tendência, pondo em causa, por exemplo, o direito ao aborto, ou se fazem pender a balança para o lado liberal.
Ameaça Nuclear
Se o regime dos ayatollahs continuar a enriquecer urânio ao ritmo a que se pensa estar a fazer agora, o próximo Presidente dos EUA deverá confrontar-se com uma decisão muito séria: aceitar um Irão com armas nucleares ou optar pela solução militar. A república islâmica já deixou bem claro que pretende levar os seus objectivos - que garante terem fins apenas civis, para produção de energia - até ao fim. E Washington, ao aceitar um acordo de cooperação nuclear com a Índia, já provou ter dois pesos e duas medidas nesta questão. O outro foco de tensão nuclear é a Coreia do Norte, que, inclusive, já terá testado a bomba. Mas, neste caso, a retórica belicista dos EUA tem sido substituída por uma atitude dialogante. Resta saber o que acontece em Pyongyang se se confirmarem os rumores de que o líder norte-coreano, Kim Jong-il, está doente. A sua morte, além de provocar um possível êxodo de população para a Coreia do Sul, levanta sérias dúvidas sobre quem lhe irá suceder à frente de uma provável potência nuclear
Fonte: Diario de Noticias

1 comentário:

Anónimo disse...

Exelente a materia, seu blog tá show

dá uma passadinha lá no meu

mundodosalimentos.blogspot.com

Sucesso!